Vii essa historinha achei beeeeem interessante. Espero ki goste, apesar de nao ta muito presente no blog, intao , sem delongas vamos laaa.
- Conta-se que, certa feita, um anjo desastrado levava carregada uma bandeja de almas, colocadas aos pares, escolhidos por critérios que não nos convém discorrer neste momento. O tal anjo, desatento e descuidado, passeando cá e acolá com a bandeja, tropeçou e derrubou, cá embaixo na porção a que chamamos terra, as almas que carregava, separando os pares cuidadosamente previamente escolhidos. Muitas são as almas que, ao separadas, não mais tornaram a encontrar-se, sentindo-se, durante sua existência, incompletas. Não nos cabe, porém, a histórias dessas pobres pessoas.
A história aqui iniciada pretende-se mostrar aquelas, afortunadas, que acabaram por achar seus pares escolhidos, que o displicente anjo derrubou. Uma delas, contudo, em especial. Apesar de importante, não seria de todo interessante narrar as trajetórias das pessoas escolhidas num tal período antes do reencontro. Far-se-á, entretanto, algumas referências do passado que antecedeu o fato aqui narrado. Ele, mais novo, mais alegre, mais paciente. Ela, mais reservada, mais estourada, mais difícil.
Passadas experiências, decepções e ilusões, em busca do tão aqui falado reencontro, calhou de olharem-se, tocarem-se e, por conseqüência, beijarem-se. Silêncio. Risos, palpitações, suores, olhares, faces coradas, olhos brilhantes. Sinos soando aos ouvidos.
-Paixão.
Destino quis, se desta palavra podemos inserir vontade, que num tal dia, determinado sabe-se-lá-por-quem, houvesse o momento que, talvez, reduzisse a culpa do supracitado anjo. Descobertas, alegrias, tristezas, em comum ou em separado, toques, números, abraços, lágrimas, palavras sussurradas, escritas, declarações verbais ou de olhar, cheiros, doces e salgados, passeios, desavenças. Silêncio. Dor, separação e incompatibilidade. Brigas, lágrimas novamente. O maior erro dele, inconveniente ser contado, correndo o risco de estragar essa nossa história, acabou por separá-los para todo o sempre. Eis, graças, que ressurge a chama, reacende o suave, quente, úmido e doce amor.
Perdão, acompanhado logicamente de dúvidas. Arrependimento, acompanhado logicamente de culpa. O tempo, contado de forma subjetiva, tornou a juntar as duas almas prometidas. A relação, porém, balançou, caiu mas reergueu-se, soberana, mostrando que o destino, aquele que tanta vontade tem, acabou por decidir-se e sustentar a união do par separado pelo anjo. Amor, aquele de que tanto ouvimos, supera barreiras a princípio intransponíveis. Paixão, reacende a cada olhar. Para todo o sempre, perdão. Para todo o sempre, agradecimento. Para todo o sempre, amor. Para todo o sempre, Você.
Por Érico Nogueira